Pressões Anormais - T.N.R.
18-02-2014 08:39A atividade de mergulho é utilizada na limpeza de comportas em hidrelétricas, retiradas de corpos em afogamentos e outros trabalhos cujo trabalho deve ser realizado submerso. Sabemos que após o trabalho submerso existe a necessidade da realização de várias etapas para a realização da descompressão.
Por que têmos que realizar a descompressão?
Nós vivemos em uma pressão de 1Kgf/cm2, que é uma pressão é causada pela nossa atmosfera, o ar que respiramos é composto por:
- 78% Nitrogênio (N2);
- 21% Oxigênio (O2);
- 0,91% Gazes Nobres (hélio (He), Neônio (Ne), Argônio (Ar), criptônio (Kr), Xenônio (Xe) e Radônio (Rn));
- 0,03% Gás Carbônico.
Em condições normais o Nitrogênio (N2) é chamado de gás inerte, pois ele não participa de nenhum dos nossos processos metabólicos, porém quando somos submetidos a um aumento dessa pressão, como no fundo do mar, a mesma tende aumentar 1Kgf/cm2, para cada 10 metros de profundidade, isso faz com que o Nitrogênio (N2), que antes era inerte e não se dissolvia em nosso organismo, passe a ser dissolvido.
Quando iniciamos a descida em um mergulho, acumulamos Nitrogênio (N2) nos tecidos do nosso organismo, quando permanecemos um certo período de baixo d'agua acumulamos esse gás em nossos tecidos. Ao iniciar a subida até a superfície, a tendência é que esse gás vá sendo eliminado de nossos tecidos, se essa saída de Nitrogênio (N2) for muito rápida haverá a formação de bolhas que poderá levar a lesões no tecido muscular, sanguíneo, nervoso e tecidos cartilaginosos, esse processo é chamado de Doença Descompressiva.
Para evitar a Doença Descompressiva é necessário que haja a descompressão previstas no Anexo 6 da NR-15 em tabelas que devem ser consultadas na programação de um mergulho.
O vídeo acima mostra um exemplo do uso das Tabelas do Anexo 6 da NR-15 em um caso em que o mergulhador faz dois mergulhos em um dia de trabalho.
SESMT Agora!
Wesley de Lima Gaspar
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